Última modificação em 24-01-2012 11:23 por Ivo Emanuel dos S. M
 

2 - Projeto Educativo e Avaliação Externa

 
Analisando o Projeto Educativo vigente verifica-se que os pontos fortes e fracos são os seguintes:
Pontos Fortes
§  Resultados obtidos pelos alunos na disciplina de Língua Portuguesa, nas provas de aferição dos 4º e 6º anos e nos exames nacionais do 9º ano, realizados em 2006/07, com taxas de sucesso superiores a 91%;
§  Liderança do CE que potenciou a cooperação e a articulação entre os vários órgãos e os estabelecimentos de educação e ensino que constituem o Agrupamento;
§  Papel activo da anterior Assembleia e das cinco Associações de Pais na vida escolar, nomeadamente na promoção da auto-avaliação, na resolução de problemas relacionados com infra-estruturas, na concretização de planos anuais e na captação de apoios para a execução de actividades;
§  Resultados obtidos nas provas de aferição de 4º e 6ºanos no ano lectivo de 2007/08 com resultados superiores a 95%;
§  Clima de bom relacionamento humano entre os diversos elementos da comunidade educativa;
§  Limpeza, organização e aprazabilidade dos espaços escolares da escola-sede.
§  Decréscimo, ao longo dos 3 ciclos de estudo, dos resultados obtidos pelos alunos nas provas de aferição e nos exames nacionais da disciplina de Matemática realizados em 2006/07 (decréscimo de 17,8% do 4º para o 6º ano e de 32,9% do 6º para o 9º ano);
§  Falta de relevância das actividades experimentais nas vivências dos alunos, que não potencia uma atitude positiva face ao método científico;
§  Incipiente monitorização dos apoios ministrados aos alunos não inseridos nas Necessidades Educativas Especiais que apenas permite tirar conclusões ténues sobre a acção dos apoios no sucesso dos alunos;
§  Práticas de acção das lideranças intermédias nem sempre consequentes no desenvolvimento do trabalho colaborativo e de articulação entre docentes, no âmbito das Direcções de Turma, das coordenações de ano, de departamento curricular e disciplinar;
Da mesma forma são sintetizados no relatório da última avaliação externa (dezembro 2007) os seguintes pontos:
Pontos fortes
§  Resultados obtidos pelos alunos na disciplina de Língua Portuguesa nas provas de aferição dos 4.º e 6.º anos e nos exames nacionais do 9.ºano, realizados em 2006/07, com taxas de sucesso superiores a 91%;
§  Liderança do Conselho Executivo, que potencia a cooperação e a articulação entre os vários órgãos e os estabelecimentos de educação e ensino que constituem o Agrupamento;
§  Papel activo da Assembleia e das cinco Associações de Pais na vida escolar, nomeadamente na promoção da auto-avaliação, na resolução de problemas relacionados com infra-estruturas, na concretização de planos anuais e na captação de apoios para a execução de actividades.
Pontos fracos
§  Decréscimo, ao longo dos três ciclos de estudo, dos resultados obtidos pelos alunos nas provas de aferição e nos exames nacionais da disciplina de Matemática realizados em 2006/07 (decréscimo de 17,8% para o 6º ano e de 32,9% do 6.º para o 9.ºano);
§  Falta de relevância das actividades experimentais nas vivências dos alunos, que não potencia uma atitude positiva face ao método científico;
§  Inexistência de monitorização dos apoios ministrados aos alunos não inseridos nas necessidades educativas especiais, que não permite avaliar a sua eficácia, designadamente em relação aos alunos que revelam insucesso;
§  Inexistência de actividades de acompanhamento dos docentes em contexto de sala de aula, não permitindo o conhecimento das práticas lectivas e do seu impacto nos resultados e na qualidade dos processos de ensino aprendizagem;
§  Falta de acção das lideranças intermédias como elementos determinantes no desenvolvimento do trabalho colaborativo entre docentes, no âmbito das coordenações dos grupos disciplinares e dos departamentos curriculares;
§  Inexistência de um plano de formação interno, que não permite suprir algumas das necessidades evidenciadas pelo Agrupamento ao nível do pessoal docente (direcção de turma) e do pessoal não docente (apoio ao funcionamento dos laboratórios e da biblioteca).
Depois de analisados os seguintes documentos - análise SWOT (anexo 1), entrevistas aos docentes do Departamento de Matemática, com vista a aferir as práticas colaborativas do mesmo (anexo 2), inquéritos a todos os docentes do agrupamento e conjunto de informações dadas pela Associação de Pais e Pessoal Não Docente para o preenchimento do espelho EPIS; (descrito Análise sintética do Espelho EPIS), Projeto Educativo, Relatório da Avaliação Externa e Relatórios da secção de avaliação do Agrupamento - constata-se que os seguintes pontos fortes estão consolidados:
§  Taxas de sucesso superiores a 91% nas provas de aferição dos 4º e 6º anos na disciplina de Língua Portuguesa realizadas em 2009/10 E 2010/11;
§  Potenciação da cooperação e da articulação entre os vários órgãos e os estabelecimentos de educação e ensino que constituem o Agrupamento pela Direção;
§  Papel ativo do Conselho Geral e das quatro Associações de Pais na vida escolar, nomeadamente na promoção da auto-avaliação, na resolução de problemas relacionados com infra-estruturas, na concretização de planos anuais e na captação de apoios para a execução de actividades;
§  Manutenção de um clima de bom relacionamento humano entre os diversos elementos da comunidade educativa;
§  Manutenção da limpeza, organização e aprazabilidade dos espaços escolares da escola sede.
Acrescenta-se ainda a abertura e envolvimento da comunidade educativa em determinadas atividades globais subordinadas aos temas transversais definidos pelo Conselho Pedagógico. Salienta-se, também, o envolvimento da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola de 2º e 3º ciclos que organizou e dinamizou por exemplo um Seminário subordinado ao tema “Bullying” aberto a toda a comunidade educativa.
Relativamente aos conjuntos dos pontos fracos (PE e Avaliação Externa) menciona-se o seguinte :
  1. Os resultados obtidos pelos alunos nas provas de aferição e nos exames nacionais da disciplina de Matemática realizados em 2009/10 e 2010/2011 registam resultados relativamente baixos, embora superiores à média nacional.
  2. Falta de relevância das actividades experimentais nas vivências dos alunos, que não potencia uma atitude positiva face ao método científico, muito embora se registe uma evolução positiva em 2009/2010.
  3. Inexistência/Incipiente (PE) de monitorização dos apoios ministrados aos alunos não inseridos nas necessidades educativas especiais que não permite avaliar a sua eficácia, designadamente em relação aos alunos que revelam insucesso.
  4. Constatação de que as práticas de ação das lideranças intermédias nem sempre são eficazes para o desenvolvimento do trabalho colaborativo e de articulação entre docentes, no âmbito das Direcções de Turma, das coordenações de ano, de departamento curricular e disciplinar. Trata-se de um campo em desenvolvimento onde é necessária uma maior intervenção.
5.       A constatação da inexistência de um plano de formação interno que não permitia suprir algumas das necessidades evidenciadas pelo Agrupamento ao nível do pessoal docente (direcção de turma) e do pessoal não docente (apoio ao funcionamento dos laboratórios e da biblioteca) teve como resultado a construção de um documento já em fase de aplicação.
Relativamente ao desempenho académico dos alunos (ponto 1), a Secção de Avaliação debruçou-se sobre os resultados globais e parciais da Provas de Aferição, e procedeu a um estudo comparativo ao longo de três anos sobre o qual emitiu as suas conclusões que sintetizamos no ponto seguinte deste relatório. No que diz respeito ao ponto 2, falta de relevância das actividades experimentais nas vivências dos alunos que não potencia uma atitude positiva face ao método científico, conclui-se que há uma postura de sensibilização para a melhoria pelos seguintes pontos:
·         Duração de 150 minutos semanais destas atividades no 1º ciclo;
·         Implementação em 2009/2010 do projecto de Ciências na Educação Pré-escolar e no 1º Ciclo;
·         Investimento em material de laboratório;
·         Prémio no valor de 300 € da Fundação Ilídio de Pinho em reconhecimento a importância e a qualidade do trabalho desenvolvido em prol do espírito científico.
·         Elaboração pelo Departamento do relatório que clarifica o trabalho desenvolvido a este nível e que contabiliza as atividades experimentais realizadas:
Quadro 1 - Quadro síntese das atividades experimentais por ano letivo no 1º ciclo.
Ano letivo 2007/08
Ano letivo 2008/09
Ano letivo 2009/10
Ano letivo 2010/11
1º ciclo
20 turmas com 5 atividades experimentais por período.
1º ciclo
20 turmas com 5 atividades experimentais por período.
1º ciclo-
28 turmas com 12 atividades experimentais por período.
1ºciclo
29 turmas com 12 atividades experimentais por período
 
Quadro 2 – Número de aulas práticas nas disciplinas de Ciências da Natureza/ Ciências Naturais e Ciências Físico-Químicas
DISCIPLINA
5º ano
6º ano
7º ano
8º ano
9º ano
Ciências da Natureza/Ciências Naturais
16 aulas
9 aulas
9 aulas
9 aulas
9 aulas
Ciências Físico-Químicas
 
 
10 aulas
10 aulas
14 aulas
 
Em relação ao ponto 4 (práticas de acção das lideranças intermédias), verifica-se que nem sempre elas apresentam resultados práticos no desenvolvimento do trabalho colaborativo e de articulação entre docentes, no âmbito das Direcções de Turma, das coordenações de ano, de departamento curricular e disciplinar e continuam a necessitar de se afirmar nas suas vertentes de coordenação, monitorização e de tutoria, de acordo com as suas próprias competências constantes da legislação. Apesar desta situação, alguns coordenadores realizam um trabalho regular de acompanhamento da execução de fichas com vista a garantir a qualidade das mesmas e de monitorização de determinadas aulas em casos de indisciplina. A premência de reforço das lideranças intermédias e atenção conferida pela direção a este problema teve como consequência a reestruturação da composição do Conselho Pedagógico.
Um outro aspeto que suscitou alguma preocupação terá sido a inexistência de um plano de formação interno, ponto 5, pelo que já foi elaborado em 2011/2012, a partir do levantamento (portal) das necessidades sentidas, uma proposta já apresentada ao agrupamento. Fruto da reestruturação da composição do Conselho Pedagógico no qual passou a fazer parte o Representante da Secção de Formação e Recursos Humanos, há uma maior visibilidade deste ponto. Nos anos letivos anteriores o Conselho Pedagógico solicitava aos vários departamentos que indicassem as necessidades de formação, as quais eram posteriormente levadas a Comissão Pedagógica. 
Aspecto a merecer uma atenção especial é o número expressivo de participações de ocorrência (113) entregues no Gabinete de Resolução de Conflitos e na Biblioteca referentes aos alunos do 2º e 3º ciclos, no 1º período. Esta situação tornou-se visível a partir do momento que foi implementado o Gabinete de resolução de conflitos, pois todos os alunos recebem ordem de saída de sala de aula, devem registar em folha própria os motivos da sua expulsão da sala. O levantamento destes dados tem sido usado para definir a melhor hora para estarem no gabinete as psicólogas escolares, saber a que tempos letivos existem mais ocorrências, com que alunos, em que disciplinas e com que professores. Muito embora não exista nenhum processo disciplinar. O número de processos disciplinares são:  2007/2008- 3 2008/2009-  4, 2009/2010- 13 processos  e 2010/2011 11 processos todos relacionados com a posse de bens trazidos para a escola e o respetivo uso no espaço da escola.
À laia de conclusão, e tendo em conta a avaliação da execução do Projeto Educativo, salientam-se os seguintes aspetos:
·         Aumento da indisciplina na sala de aula, particularmente no 3.º Ciclo;
·         Nível três num intervalo de um a quatro atribuído na avaliação do Plano da Matemática;
·         Realização de provas globais internas, no nono ano;
·         Realização de provas de aferição em parceria com o Agrupamento de Escolas de Aveiro, ao nível de outros anos de escolaridade;
·         Resultados da avaliação interna ligeiramente superiores aos resultados da aferição;
·         Dificuldades sentidas pelos professores que leccionam Inglês, na concretização de trabalho colaborativo;
·         Melhoria do ambiente escolar vivido na EB 1 dos Areais, verificando-se uma maior tranquilidade; no entanto, persiste a preocupação em relação ao sucesso escolar e ao abandono dos alunos, apesar de esta escola ter um corpo docente estável e muito bom, adequado à sua realidade social;
·         Definição de Planos de Emergência e de Evacuação que, apesar de se terem iniciado algumas diligências, não foi possível concretizá-los;
Por fim, realça-se o facto das mudanças da legislação da organização do trabalho de estabelecimento e das reduções da componente letiva para exercícios de cargos terem obrigado a alterações muito significativas que podem condicionar o alcance das metas definidas e criar algum afastamento do enfoque inicialmente previsto no PE.
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Índice
4 - Avaliação da organização e gestão (resultados escolares e prestação do serviço educativo)