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Abril 22
Aprender a filosofar é aprender a "desbanalizar o banal"...


 

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Encerrou a exposição dos trabalhos realizados pelas turmas C e D do décimo ano, no âmbito de um trabalho realizado na disciplina de Filosofia, em pequenos grupos, a propósito das vivências proporcionadas pela visita de estudo à Galiza, realizada nos dias vinte e vinte e um de março.  

Antes da viagem, foram organizados grupos de trabalho e definidos os objetivos. O grande desafio era prestar atenção às vivências e questionar o seu significado, numa tentativa de exercitar o espírito crítico, de problematizar, de “Desbanalizar o Banal”. 

Habitualmente, assumimos com normalidade o que observamos e, de tão habituados que estamos à sua presença nas nossas vivências, vivemos numa atitude de conformismo, fundado em convicções que se assumem como indiscutíveis e que foram crescendo em nós, sem nunca indagarmos acerca da sua razão de ser. Mas o conformismo é uma fuga ao pensamento e uma vida sem ele é uma vida que sabe a pouco. Não obstante, na nossa vida quotidiana, raramente assumimos uma postura reflexiva.

Olhamos sem ver, ouvimos sem escutar… Por isso, a aprendizagem da Filosofia surge como um alerta para atendermos a essa obrigação, a de pensarmos, a de submetermos a exame racional as nossas crenças mais básicas, a de procurarmos ter uma vida esclarecida, própria de um ser dotado de livre-arbítrio, embora multiplamente condicionado.

Viveremos eclipsados? Foi a pergunta que desde logo nos surgiu e que, em nosso entender, deverá incondicionalmente estar presente. Nesse sentido, muitas foram as questões que formulamos e que, estamos certos, levaram os que visitaram a nossa exposição a refletirem sobre elas. Procurar saber - “O que é o ser humano na infinidade do Universo?”; “Que lugar assume na vida humana a convivência com o outro?”; “O que é o belo?”; “existirá deus?”; “Seremos efetivamente dotados de liberdade?”; “O que é ser livre?”; “Porque desejamos conhecer?”; “Fornecer-nos-ão os nossos sentidos informações seguras?”; “O que distingue a ciência do senso comum?”; “Pode a ciência fornecer-nos explicações objetivas?”; “haverá limites para a ciência?”; “Será que tudo o que pode ser feito deve ser feito?” – é uma obrigação intrínseca à nossa natureza de humanos.

Eu, tu, cada ser humano, não existimos apenas como um produto, fruto de uma dupla programação, biológica e cultural, como observadores daquilo que existe. Existimos, simultaneamente, como produtores. Não somos meros atores a quem foi entregue um papel. Somos seres dotados de razão, coautores das cenas que representamos. Só desse modo conseguiremos enaltecer tanto a natureza, como as próprias criações Humanas.

Querer ver melhor e maisouvir melhor e maissentir melhor e maisrefletir melhor e maisquestionar melhor mais e  ser melhor e mais é uma obrigação de cada ser humano, enquanto ser singular, dotado de razão e de liberdade.

TODOS devemos filosofar e podemos retirar satisfação desse ato; um certo sentimento de libertação, de realização e de felicidade.

E, portantotodos devemos “fugir”, nem que seja esporadicamente, à euforia diária que nos é imposta, nos cega e aprisiona. Todos devemosQuestionar o “óbvio”!

 

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Texto: Margarida Marcos e Maria Giro (10.º C) 

Fotografias: João Fontes (10.º C) e Joaquim Ramos (10.º D)

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